Decisão americana ocorreu após agência da ONU ter admitido palestinos.
Após encontro com Dilma, ela disse que Brasil apoia atividades do órgão.
A diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, afirmou neste sábado (5) que o
organismo "não está em crise" após a decisão dos Estados Unidos de
suspender seu financiamento em represália à admissão do Estado
palestina. A declaração foi feita após Bokova de receber a primeira
visita da presidente brasileira, Dilma Rousseff.
"Não estamos em crise. São dificuldades que superaremos", respondeu
Bokova, à frente da Organização das Nações Unidas para a Educação, a
Ciência e a Cultura, quando questionada sobre como cobrirá o déficit
pela falta dos fundos que os Estados Unidos entregariam antes do fim do
ano.
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Bokova e Dilma se reuniram por mais de 45 minutos no âmbito da primeira
visita oficial da presidente brasileira à sede parisiense da Unesco, de
onde a brasileira se retirou sem falar com jornalistas.
Interrogada sobre se o Brasil estaria disposto a dar mais fundos à
Unesco, Bokova disse que "não falamos sobre isso", mas garantiu que o
"Brasil apoia todas as atividades da Unesco".
A
presidente Dilma Rousseff, durante encontro com a diretora-geral da
Unesco, Irina Bokova, em Paris. Foi o último compromisso oficial da
viagem da presidente à França. Ela retorna ao Brasil na madrugada da
segunda-feira (7). (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)
Os meios de comunicação presentes insistiram sobre se Bokova e Dilma
falaram da crise financeira da Unesco, e a chefe desta organização
respondeu que "recebemos um forte apoio do Brasil".
Ela também ressaltou que Dilma considerou que "a decisão da Unesco
sobre a admissão da Palestina era muito bem-vinda para o Brasil, já que o
povo palestino tem o direito".
A presidente brasileira "disse que, fazendo isso, a Unesco demonstrou
mais uma vez que é uma organização extremamente importante da ONU",
acrescentou Bokova.
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