O programa Fantástico, da Rede Globo, na edição deste
domingo, 06 de novembro, veiculou reportagem sobre um município de Alagoas,
Traipu, a mais de cem quilômetros da capital, onde se viu irregularidades
cometidas pela Administração daquele município, tais como desvio de dinheiro
público, verbas federais, contratação irregular de funcionários, fraudes em
licitações, mensalinhos, dentre outros crimes. PARECE QUE OS CONSELHOS
DE
EDUCAÇÃO E DO FUNDEB DE LÁ FUNCIONAM, ao contrário de
certos "CONSELHOS" de uma determinada "CIDADE".
Confira trechos da matéria, inclusive uma bombástica
entrevista (Qualquer semelhança com determinada "cidade" NÃO É MERA
COINCIDÊNCIA):
Tranquila, pacata e calma como a água do São Francisco,
Traipu, cidadezinha de 30 mil habitantes no sertão de Alagoas, a 180 quilômetros
de Maceió, parece um sossego só. Parece.
“(...) A folha de pagamento do município, ou parte
dela, é confeccionada nesta casa. Mas deveria ser na prefeitura. No departamento
de pessoal. São pessoas que são incluídas na folha de pagamento ao bel prazer do
prefeito. Ele realiza os pedidos que o prefeito determina. Além de receber
abaixo do salário mínimo, exemplo: R$ 200, R$ 300, ficariam com R$ 100 e R$ 200
são repartidos com terceiros, que seriam indicados pelo prefeito. Nós temos o
resumo de toda a folha do município. O que é gasto nas secretarias, o que é
gasto na folha da garagem, com pessoal que não trabalha, inclusive, está bem
claro: ‘não trabalha’”, explicou o promotor Luiz Tenório.
O gasto mensal de R$ 11.920 era distribuído a pessoas
como a faxineira Soledade dos Anjos, contratada de boca, sem carteira assinada,
para receber uma ninharia. “Sem trabalhar, R$ 60 por mês”, contou a
faxineira.
Para ganhar um pouco mais, Soledade trabalha de faxineira
em uma escola municipal. “Hoje o salário é de R$ 100 por mês. Não é nem um
salário mínimo”, diz a faxineira.
Além das contratações ilegais, há suspeita de fraude em
licitações. De acordo com a promotoria, empresas mudaram de nome e endereço para
enganar a fiscalização. Uma delas, especializada em vender alimentos, bebidas e
fumo, fechou um contrato de quase R$ 2,7 milhões para alugar máquinas pesadas e
carros pipa. Outra, com capital social de apenas R$ 80 mil, recebeu R$ 116 mil
para construir uma ponte.
O Fantástico visitou a sede da empresa no município do
Coruripe. Uma senhora alugou a sala para a construtora.
Fantástico:
Eles têm máquinas, funcionários, alguma coisa?
Senhora: Até agora, não tem, não.
Funcionários, gente, equipamentos, nada?
Tem só o telefone.
Senhora: Até agora, não tem, não.
Funcionários, gente, equipamentos, nada?
Tem só o telefone.
A equipe de reportagem procurou a responsável pela
empresa. “Eu sei que ela fez uma viagem, mas não sei aonde ela foi, não nem
quando volta”, disse uma mulher. (...)
O prefeito, a mulher dele, e outros três correligionários
estão foragidos e são procurados pela Polícia Federal.
“Eu não tenho conhecimento do paradeiro dele, mas ainda
que eu tivesse conhecimento do paradeiro dele, a defesa acha por bem não se
manifestar”, disse o advogado da defesa, Felipe Lins."
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