A
decisão da Câmara Federal de aprovar o texto sobre a partilha dos
royalties do petróleo e a destinação dos recursos para a educação causou
divergência, até mesmo, entre os deputados da base aliada do Governo
Federal. O exemplo está na diferença entre as avaliações das deputadas
federais potiguares, Fátima Bezerra, do PT, e Sandra Rosado, do PSB.
Enquanto a petista defendia a proposta do Governo Federal, a pessebista
concordou com a decisão da Câmara, mesmo o seu partido fazendo parte da
base aliada da presidente Dilma Rousseff.
Para Fátima Bezerra, a partir do momento em que negou a proposta
governista de utilizar os recursos da partilha para a Educação, “a
Câmara dos Deputados perdeu uma oportunidade histórica de reafirmar o
seu compromisso com educação do país”.
Segundo ela, “vincular os recursos dos royalties do petróleo a
educação seria garantir o financiamento do Plano Nacional de Educação
que a Casa acabou de votar, amarrando o investimento de 10% do Produto
Interno Bruto em educação”.
Segundo Fátima, inclusive, a não destinação dos royalties para a
Educação pode esvaziar o Plano Nacional da Educação (PNE), a qual ela
foi uma das que ajudou a construir. “Caso não definamos as novas fontes
de recursos para atingir a meta do financiamento educacional poderemos
transformar o novo PNE em mais uma carta de intenções, quando deveria
ser um instrumento concreto de redução das desigualdades e de
desenvolvimento nacional”.
A deputada petista lembrou ainda que “estamos diante de uma
encruzilhada histórica e precisamos construir a independência política,
científica e tecnológica brasileira, fazer do Estado brasileiro um
instrumento de defesa da soberania nacional”. “Não há como superar este
desafio sem eleger a Educação como a prioridade das prioridades. Daí a
visão de estadista que a presidenta Dilma teve ao defender os 100% dois
royalties para a educação”, afirmou.
Do Jornal de Hoje
Nenhum comentário:
Postar um comentário