segunda-feira, 13 de junho de 2016

Violência contra a Mulher - Escritora Norte-rio-grandense Nildinha Freitas emite nota sobre a Violência Contra a Mulher

Foto: Arquivo pessoal Nildinha Freitas(Autorizado)
Meu nome é Nildinha Freitas, poeta e escritora norte-rio-grandense, e hoje quero levar ao Brasil à minha história como vítima de violência extrema. 
Em 18 de fevereiro de 2014 eu vi a minha vida ser parcialmente destruída por uma emboscada, na qual levei oito tiros de uma pistola ponto 40, pertencente a um POLICIAL MILITAR DO RN, eu sobrevivi e sou a principal testemunha daquele crime cruel e motivado por questões de ódio de gênero, entre outros motivos sórdidos, que não são justificativas para se tirar a vida de uma pessoa. Eu vi o rosto daquele policial militar e sei que foi ele, mas não fui só eu a ser sua vítima, outras pessoas na sequência daquele ato dele contra mim, também vieram a conhecer o seu lado desumano e cruel.
O fato é que escapei por milagre divino, e muitas pessoas ao me verem bem, podem julgar que os tiros não me atingiram, mas hoje resolvi mostrar o estado em que fiquei e o quanto foi desumano a ação daquele homem, cujo nome eu não ouso sequer digitar, por isso resolvi postar a foto do estado físico que ele me deixou, após tentar contra a minha vida, e resolvi questionar àqueles que apoiam a violência.
E se fosse com você?
Hoje após longos meses de espera, eu vi estampada nos blogs e sites à boa notícia de que aquele policial que me deixou quase sem vida irá a júri popular, decisão essa da desembargadora Maria Zeneide Bezerra, que negou o pedido da defesa dele, que alegava a inocência do mesmo, porém mediante as inúmeras provas de que ele atirou contra mim, além do fato de eu ter sobrevivido para testemunhar, foi negado à unanimidade o recurso pedindo que o mesmo fosse inocentado.
Segue o voto da relatora do recurso: No voto, a relatora do recurso, desembargadora Maria Zeneide Bezerra, que preside a Câmara Criminal, estaria evidenciado, pelo contexto probatório, a existência de indícios suficientes de que o denunciado, em 18/02/2014, em João Câmara/RN, desferiu diversos disparos de arma de fogo, dos quais oito atingiram Rosenilda de Freitas Cândido, o que demonstra o chamado 'animus necandi' (intenção de matar), tendo os tiros sido deflagrados de dentro do veículo do réu, impossibilitando, assim, a defesa da vítima.

Rosenilda de Freitas Cândido – Nildinha Freitas
Sou grata a Deus por minha vida, mas venho em público pedir o apoio dos cidadãos e cidadãs de bem, além de pedir àqueles que fazem a justiça do Brasil, que não deixem os crimes contra a vida humana serem tratados de forma banal.
Nildinha Freitas
13 de Junho de 2016

Link do portal do Judiciário
Foto tirada do celular SAMSUNG de minha propriedade e tirada por pessoa de minha confiança, enquanto eu estava internada.

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