sexta-feira, 28 de janeiro de 2022

RN tem a menor letalidade por covid desde 2020; vacinação é a principal causa

 

O mês de janeiro de 2022 registra o menor índice de letalidade por covid-19 desde o início da pandemia. A taxa que já chegou a 3,38% em julho de 2020 está em 0,42%, de acordo com dados do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LAIS/UFRN). Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a taxa representa a proporção de pessoas diagnosticadas com a doença que morrem em decorrência da infecção.

Em outras palavras, das 18.448 pessoas que se infectaram com o coronavírus até 26 de janeiro deste ano, 0,42% faleceram em decorrência da doença, isto é, 77 óbitos. O fenômeno ocorre dentro do que os especialistas chamam de terceira onda, período entre dezembro de 2021 e janeiro de 2022, quando houve crescimento de 280% no número de casos de um mês para o outro. De acordo com o coordenador do LAIS, Ricardo Valentim, o Estado vive uma fase determinante para o controle da pandemia.

“Isso significa que nós iniciamos o processo de saída da pandemia. Ainda vai demorar um tempo para a OMS declarar isso porque existem países muito pobres, que ainda estão longe. Mesmo assim reduzir a letalidade hoje em relação ao grande número de casos é um indicativo muito positivo. Estamos no início do processo de transição de pandemia para endemia. É muito provável que daqui a um tempo, a pandemia de covid se torne endêmica no Rio Grande do Norte, assim como é a da H1N1, síndromes gripais e a dengue”, diz.

Ainda de acordo com o pesquisador, a vacinação foi o principal fator para o Estado atingir a menor letalidade da covid-19 em quase dois anos de pandemia. Ele acrescenta que a tendência é que a taxa de letalidade continue decrescendo com o aumento da testagem. “São os dois principais fatores: vacinação e aumento da capacidade de testagem. Estamos chegando próximo da letalidade real, que é bem mais baixa. Essa letalidade que temos é feita em cima dos óbitos e dos casos positivos”, explica.

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