Do Correio Braziliense
A decisão da Agência Nacional de
Telecomunicações (Anatel) de proibir a TIM, a Oi e a Claro de vender
novas linhas telefônicas desde ontem, por prestarem péssimos serviços
aos consumidores, pode resultar em um sério problema diplomático entre o
Brasil e a Itália. Assim que foi comunicado sobre a retaliação à TIM,
controlada pela Telecom Itália, cujas ações despencaram na Bolsa de
Milão, o governo italiano cobrou explicações do ministro das
Comunicações, Paulo Bernardo. Por estar em viagem aos Estados Unidos, ele determinou a seu secretário executivo, César Alvarez,
que respondesse, de forma enfática, à embaixada daquele país no Brasil:
a posição do órgão regulador “não tem nada a ver com a diplomacia, é um
problema do consumidor brasileiro”.
Segundo Bernardo, o fato de a TIM estar
operando no Brasil há 15 anos não significa que ela será “tratada melhor
ou pior, até porque, para todos os efeitos, ela é uma empresa
nacional”. O ministro informou ainda que o presidente da Telecom Itália,
Franco Barnabé, planeja visitar o Brasil nos próximos
dias. O executivo quer conversar com integrantes do governo brasileiro
para reafirmar a disposição da TIM de ampliar seus negócios no país. O
Palácio do Planalto assegurou que não aceitará pressões, pois é dever da
Anatel garantir que companhias detentoras de concessão pública prestem o
melhor serviço possível à população.
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