O gol de Márcio Araújo sobre o Vasco, em impedimento, aos 45 minutos do segundo tempo foi importantíssimo também para os cofres do clube. O 33º título carioca rubro-negro rendeu R$ 4,7 milhões apenas em premiação: R$ 200 mil pela classificação para as semifinais, R$ 1 milhão pela conquista da Taça Guanabara e R$ 3,5 milhões pela competição. Uma ajuda e tanto para quem já mira ajustes para o Campeonato Brasileiro.
A estreia do Flamengo no maior torneio nacional será no próximo domingo, em Brasília, contra o Goiás. Até lá, mudanças mais profundas estão descartadas, mas a diretoria não ficou nem um pouco satisfeita com a eliminação precoce na Libertadores.
Por isso, ajustes para enxugar a folha salarial e qualificar o elenco são considerados necessários. A grande quantidade de lesões (Léo Moura, André Santos, Elano, Cáceres, Léo, Hernane, Samir, entre outros) também foi questionada internamente e preocupa para a sequência da temporada.
"Tivemos muito problemas de contusão no início desse ano. Tenho certeza que daqui para frente nós não vamos mais ter tanto problema", disse o presidente do clube, Eduardo Bandeira de Mello, ainda no gramado do Maracanã, após o título.
Os ajustes encontram eco, também, com a eliminação na Libertadores e a projeção de perda de R$ 10 milhões feita pela diretoria. O valor de premiação do Carioca amenizar o prejuízo na competição sul-americana, mas também no próprio Estadual, onde o clube, à revelia, teve as cotas de tv cortadas em mais de R$ 2 milhões pela Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj).
Diante desse quadro, a política de enxugar a folha salarial do futebol, de R$ 9 milhões, continua. Enxugá-la, mas, se possível, qualificando o elenco. Jogadores pouco utilizados ou mais jovens, por exemplo, podem ser emprestados. Mas uma grande estrela para a competição está, de novo, descartada.
"Qualquer grande clube está pensando em reforços para tornar seu time mais forte. O Flamengo não é exceção. Mas o que posso dizer é que não vamos fazer loucura", afirmou Bandeira de Mello.
A alternativa, então, será tentar aproveitar brechas dentro do próprio elenco. Carlos Eduardo, fora do banco da decisão contra o Vasco e nem mesmo visto no Maracanã, está com os dias contados: em junho, ao fim de seu empréstimo, será devolvido ao Rubin Kazan, da Rússia, e vai abrir espaço para um investimento de R$ 500 mil no futebol.
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