Nildinha Freitas |
Faz exatamente dez
meses que minha vida foi totalmente modificada por uma tentativa de homicídio,
uma emboscada, sem nenhum direito de defesa. Naquela noite presenciei o maior
milagre que se pode ver, não morri daqueles tiros que seriam fatais em qualquer
outra pessoa.
Um ser que se
denominava Deus disparou, mas o verdadeiro Deus me manteve em pé e providenciou
que todas as coisas concorressem para o meu bem. Tenho que agradecer a Deus e
àqueles que estiveram comigo naquela noite, desde ao casal que me permitiu
entrar em sua casa e me deram proteção, como ao motorista da ambulância, ao
técnico de enfermagem que me acompanhou e as equipes médicas, tanto de João
Câmara, como do SAMU e do Hospital Santa Catarina.
Não posso deixar de
agradecer também ao Ministério Público desta cidade. Não posso deixar de
agradecer aos meus familiares e aos verdadeiros amigos, que hoje sei quem são.
Aos que se colocaram em oração quero desejar-lhes a mesma proteção que Deus me deu naquela noite, que nenhum mau os atinja e que a mesma bondade que tiveram comigo, Deus use para com vocês. Hoje estou bem, graças ao Deus que me livrou da morte e que me deu a vida de volta.
Aos que se colocaram em oração quero desejar-lhes a mesma proteção que Deus me deu naquela noite, que nenhum mau os atinja e que a mesma bondade que tiveram comigo, Deus use para com vocês. Hoje estou bem, graças ao Deus que me livrou da morte e que me deu a vida de volta.
Quero lembrar a todos
e todas que são desta cidade, que sou filha desta terra, nasci e me criei no
meio da grande maioria das pessoas deste lugar, sei quem são os mais velhos e
os jovens que aqui nasceram.
Não sou uma
Forasteira, uma aventureira, não sou uma pessoa sem pai e sem mãe, sou filha
daqui e meus pais são amigos dos pais da maioria deste povo desta cidade.
Depois daquela noite, em que quase morri, eu fiquei perplexa. Vi, nas redes
sociais, a maldade a que fui submetida. Uma série de mentiras plantada na mídia
com a intenção de defender um ato violento, insano, louco e bárbaro,
protagonizado por alguém que se sentia no direito de julgar quem deve, ou não
morrer.
Pessoas que sempre
respeitei, não respeitaram sequer os cabelos brancos dos meus pais e nem a
honra da minha família, não me deram o direito de resposta e aceitaram como
certa a versão que alguém maldosamente apresentou como verdadeira.
Eu vi o povo da minha
terra criar A LEI DA PENA DE MORTE, diziam nas praças, nas ruas e nas mídias
eletrônicas que eu merecia morrer, sem ouvir a minha voz, aplaudiu de camarote
a perversidade que me foi acometida. Eu vi, eu li e reli o que muitas pessoas
falaram sobre mim e as condenações que me deram, as palavras que colocaram em
minha boca e as afirmações que diziam serem minhas e não eram , até eu
desconhecia.
As perguntas que não
querem calar são estas:
Será que estas pessoas que me acusaram e que julgaram ser apropriada a minha morte, podem ser consideradas seres humanos?
Será que estas pessoas são tão puras e boas que se acham no direito de ser Deus e de condenar e de julgar?
Acreditem! Não sei responder!
Será que estas pessoas que me acusaram e que julgaram ser apropriada a minha morte, podem ser consideradas seres humanos?
Será que estas pessoas são tão puras e boas que se acham no direito de ser Deus e de condenar e de julgar?
Acreditem! Não sei responder!
Deus mesmo me julgou
digna de seu amor e de sua misericórdia, não porque mereço, mas porque ele me
ama e é justo.
Creio eu que estas
pessoas estão confundindo o direito que tem de liberdade de expressão com o
problemático direito, de oprimir e de instigar o ódio no meio de todos e todas,
exercer está liberdade de expressão não lhe permite afrontar outra pessoa e lhe
tirar o direito da honra e da dignidade humana.
Esta liberdade de
expressão que tantas pessoas pensam fazerem bom uso, frequentemente está sendo
empregada para oprimir e espalhar mentiras, ódio, violência e morte,
principalmente nas redes sociais, lugar este, que substituiu a velha calçada,
onde pessoas que não tinham o que fazer e o que dar, sentava e viviam as vidas
que não eram suas. Esta liberdade de expressão que tantos pensam serem donas e
donos tem causado também uma das piores atrocidades cometidas por pessoas, que
se intitulam humanas, ou até mesmo se acham Deus, que é a agressão psicológica,
este tipo de agressão tem levado muitas pessoas à depressão, ao suicídio e a
morte espiritual.
Hoje eu quero falar a
você que se acha o dono, ou a dona, da vida de outra pessoa, quero lembrar que
ao julgar sem escutar, está cometendo o grave crime de espalhar e protagonizar
a morte psicológica de pessoas inocentes e quero desejar-lhe que Deus possa
sempre utilizar com você do mesmo amor e da mesma justiça que você emprega para
com o próximo, para com o outro. Não esqueçam que à medida que usamos para
medir o outro, será usada para medir os nossos atos.
Judicialmente falando,
cabe lembrar que quando se fala o que se pensa, se corre o risco de assumir a
pena, a punição que se merece ter. Deus Abençoe aos justos e bons de coração,
porque estes encontrarão sempre a misericórdia.
Por Nildinha Freitas
em agradecimento ao Deus do impossível.
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