O prefeito em exercício Luiz Carlos de Mendonça Martins (PT) desautorizou uma determinação do prefeito Francisco José Júnior (PSD) que está de férias. O fato ocorreu ontem durante reunião entre taxistas e o secretário municipal de Mobilidade Urbana, ChalejandoRustayne, com taxistas de municípios vizinhos.
Na oportunidade, o auxiliar estava explicando que a partir de hoje os taxistas teriam que deixar os passageiros na Estação das Artes e de lá eles teriam que ir aos seus destinos. Atualmente quem vem a Mossoró é deixado em frente a clínicas e lojas, por exemplo. A reunião foi interrompida pelo chefe de gabinete da vice-prefeitura, Valmir Alves, que comunicou a decisão de Luiz Carlos.
O encontro não contou com a presença de entidades comerciais que têm interesse direto na questão como Sindivarejo, CDL e Associação Comercial e Industrial de Mossoró (Acim).
Foi justamente esse o argumento exposto pela assessoria do prefeito em exercício para desfazer a decisão de Francisco José Júnior. "Fazendo justiça ao seu estilo de ouvir e dialogar, o prefeito em exercício de Mossoró, Luiz Carlos Martins (PT), decidiu suspender temporariamente a decisão estabelecida anteriormente pelo Executivo municipal no que diz respeito às mudanças no trânsito de Mossoró que atingia diretamente táxis e vans intermunicipais", justifica nota enviada pela comunicação de Luiz Carlos.
Mais à frente o texto deixa claro que prefeito em exercício considera um equívoco tomar essa medida sem ouvir as partes interessadas. "As alterações previstas estabelecendo rotas e proibindo a circulação dos táxis e vans pelo centro da cidade a partir desta terça-feira, 28, precisam ser discutidas exaustivamente com os setores afetados pela medida administrativa tomada anteriormente pela Prefeitura de Mossoró, antes desta ter sido assumida interinamente pelo prefeito em exercício Luiz Carlos. A medida vinha sendo ponderada pela classe empresarial mossoroense que receava a fuga dos consumidores do comércio local, já que, uma vez em vigor, tal proibição de circulação para embarque e desembarque de passageiros deve dificultar a vida dos comerciantes, empresários e dos visitantes que escolhem a "Capital do Oeste" como local de compras", frisou.
Por meio da assessoria, Luiz Carlos justificou a medida como sendo em defesa do comércio local. "A população flutuante de Mossoró gira em torno de um milhão de pessoas e esses transportes alternativos são responsáveis por trazer a maioria delas para Mossoró, ajudando assim, a incrementar a nossa economia. Certamente, em um momento de crise como este nós temos que buscar alternativas que não afugentem esses consumidores porque toda a cidade sai perdendo", declarou.
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