sexta-feira, 25 de maio de 2012

Pressão faz Tite mudar estilo, atrasar entrevistas e ser protegido

Auxiliar de Tite há 11 anos, Cléber Xavier lembra que o parceiro se entrega totalmente aos treinos e partidas

A obsessão por ser campeão da Libertadores ‘pilhou’ Tite. Nem mesmo a vaga para a semifinal, com vitória sobre o Vasco, baixou a adrenalina do treinador corintiano, que teve a tradicional entrevista coletiva de sexta-feira cancelada nesta semana. Esse é só mais um dos reflexos do estresse pelo qual ele vem passando ao longo do torneio e que se agravou em função da eliminação no Paulista.

O sintoma mais claro e recente da mudança de comportamento pôde ser visto na quarta-feira. Além de se desentender com o atacante Eder Luis por achar que o vascaíno havia simulado agressão, ele reclamou muito da não marcação de uma falta em Paulinho na etapa final do jogo contra o Vasco e foi expulso, tendo que dirigir a equipe com muito custo do alambrado. Ao fim do jogo, admitiu que a atitude impulsiva poderia ter comprometido o resultado.

Um dia antes, no CT Joaquim Grava, ele já revelava nervosismo. "Acha que estou calmo? Estou com a adrenalina a milhão, não estou conseguindo dormir direito. Sou ser humano, não estou acima de ninguém. Não é meu perfil, minha característica (ser diferente). É que eu me elaboro (antes da entrevista), eu procuro me equilibrar. Isso é tempo, é bagagem", disse, quando um jornalista citou a aparente calma na preparação para o confronto decisivo. Naquela tarde, foi aconselhado por funcionários a tentar descansar ao máximo no hotel.

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