Até quem não tem um smartphone, e que precisa de paciência para digitar, sabe que há muito tempo o celular tem sido usado cada vez mais para enviar mensagens do que para papear. Essa tendência, contudo, não é mais óbvia, pelo menos nos Estados Unidos. Uma pesquisa revelou que, pela primeira vez na história, o número de mensagens enviadas pelos aparelhos móveis retrocedou.
Segundo o analista e consultor do setor, Chetan Sharma, a queda de 3% nos “torpedos” enviados no terceiro trimestre marca uma grande mudança na comunicação móvel. Mas para onde estariam indo todos “emoticons”e afins? A suspeita é de que os usuários estariam provavelmente utilizando aplicativos de mensagens na internet, como o iMessage da Apple e o Whatsapp, popular no Brasil.
”Ainda pode ser cedo para dizer que o recuo começou ou se esse segmento irá apenas se arranhar antes de iniciar a queda”, explica Sharma em seu relatório. Segundo ele, as operadoras precisam desenvolver estratégias para não perder receitas no segmento ou para ganhar mais com os sistemas de mensagens por internet. O analista identifica essa mudança como parte do dilema da “quarta onda do setor”.
A primeira se deu com as receitas de voz, que já está em queda na maioria dos mercados desenvolvidos como EUA, Japão e o Oeste Europeu. A segunda, das mensagens, está recuando em alguns países como Filipinas, Holanda, Taiwan, Espanha e Itália. As duas estão ainda em crescimento em países em desenvolvimento, como o Brasil, onde a base de assinantes ainda está avançando. A terceira é o aumento das receitas na base desenvolvida, principalmente com a demanda de dados na internet
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