Mais
de 25 mil agricultores familiares atendidos pelo Programa de Aquisição
de Alimentos na modalidade de incentivo à produção e consumo de leite
(PAA Leite), em sete estados da Região Nordeste e em Minas Gerais,
passarão a receber um valor maior pelo litro de leite bovino vendido ao
programa. A medida foi motivada pela severa estiagem enfrentada na
região – a maior seca dos últimos 40 anos em alguns estados. Os novos
preços vão vigorar até dezembro, quando nova avaliação será feita.
Nesta segunda-feira (23), o grupo gestor do PAA, coordenado pelo
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), publicou
uma resolução que altera a forma de cálculo do preço de referência para a
compra do leite pelo programa nos nove estados da Região Nordeste e no
norte de Minas Gerais. Com isso, nos oito estados onde houve aumento, o
valor pago por litro, que variava entre R$ 0,69 e R$ 0,76, passará a
variar entre R$ 0,75 e R$ 0,83.
“Constatamos que, em oito estados, os valores repassados aos
produtores estavam aquém do mercado, o que poderia prejudicá-los na
entressafra e em situações como a seca que os atinge no momento”,
explica o coordenador do PAA Leite no MDS, Paulo Sérgio Alves.
Do total pago por litro, 60% em média ficam com o produtor e 40% com
os laticínios, que pasteurizam, embalam e transportam o produto final
até os pontos de distribuição às famílias que recebem o leite.
Desde 2009, os preços pagos aos produtores por litro produzido eram
calculados pela média dos valores dos últimos 24 meses, desprezados os
dois maiores e os dois menores valores. A resolução publicada nesta
segunda-feira altera o cálculo para a média dos últimos três meses.
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