-Da Assessoria de Comunicação do governo do Estado:
Na entrevista coletiva que concederam hoje, o secretário adjunto de
Segurança, Silva Júnior e a delegada responsável pelo caso, Sheila
Freitas, informaram que estouraram dois cativeiros: um na praia de
Pitangui e outro em um condomínio em Parnamirim.
Quatro sequestradores foram presos e um morreu no confronto com os policiais.
Dos 5 sequestradores, 4 são cearenses e um baiano, mas já morando no Ceará.
“Os sequestradores fizeram o primeiro contato com a família da vítima
quinze dias depois. Apesar de os bandidos dizerem que a polícia deveria
ficar longe do caso, a polícia começou as investigações e em nenhum
momento participou de qualquer tipo de negociação que teria sido mantido
entre os parentes de Popó e os criminosos. Não foi pago nenhum resgate.
A parceria do trabalho policial com o Poder Judiciário foi fundamental
para o resultado positivo. Se não fosse a juíza Valentina Damasceno, de
Ceará-Mirim, nosso trabalho teria sido muito prejudicado”, disse a
delegada Sheila Freitas.
Ela disse que desde que foram informados sobre o desaparecimento de
Popó, dia 16 de junho em Ceará-Mirim, ela e seus policiais tinham
consciência que o mais importante era libertar o rapaz, mesmo que não
fosse preso nenhum marginal. A delegada acredita que, pelo menos, dez
pessoas participaram do esquema criminoso e alertou que as investigações
continuam.
Equipes da Deicor, Delegacia Geral de Polícia Civil, Centro de
Inteligência da Sesed e Núcleo de Inteligência da Polícia Civil (NIP)
participaram da operação.
“Quero, neste momento, homenagear meus policiais, todos que
participaram deste trabalho. Todos são policiais porque amam o que
fazem. Aqui foram deixados filhos, marido, mulheres, noites de sono,
tudo para termos esse resultado. E não fizemos isso, como já estão
dizendo por aí, porque Popó é de uma família que tem condições
financeiras. Nós trabalhamos em várias operações que salvaram outras
vítimas e prenderam bandidos. Este é o nosso trabalho e temos orgulho de
fazer parte da polícia do Rio Grande do Norte”, disse a delegada
emocionada.
Foi aplaudida.
A delegada ainda confirmou que os sequestradores acompanhavam o noticiário sobre o sequestro pela internet.
“No começo, houve uma movimentação maior da imprensa, mas com o
passar do tempo somente alguns blogs ficaram divulgando, o que
prejudicou nosso trabalho, pois os bandidos ficaram mais agressivos e a
cada notícia publicada eles ameaçavam mais a vítima, dizendo que iriam
matá-la”.
Os presos pela polícia hoje são:
-José Orlando Evangelista Silva, 42 anos, preso no conjunto Pitimbu, zona Sul de Natal
-Paulo Victor Lopes Monteiro, 25 anos e sua mulher Bruna Pinho Landim, 22 anos.
-Anderson de Souza Nascimento e um homem conhecido como
‘Cabeça’, extraoficialmente identificado como José Erisvan, que morreu
ao trocar tiros com os policiais, na casa em Pitangui.
Paulo Victor Lopes Monteiro é filho de um coronel da reserva da Polícia Militar do Ceará.
Anderson foi atingido em um braço e um pé, foi levado para o Hospital Santa Catarina e depois para o Hospital Walfredo Gurgel.
Com a quadrilha foram apreendidas duas pistolas – uma ponto 40 e
outra 9 milímetros – e uma submetralhadora, todas armas de munição de
uso restrito das Forças Armadas e polícias, além de um par de algemas,
celulares, uniforme da PM potiguar, munição, óculos de mergulho,
correntes (usadas para prender o sequestrado pelo tornozelo) e um
notebook, de onde os bandidos tinham acesso à internet por meio de um
modem.
O secretário-adjunto da Segurança, Silva Júnior, que acompanhou toda a
investigação e participou da diligência, disse que ao ver os policiais
chegando, Porcino Segundo disse: “Graças a Deus, vocês chegaram”.
Segundo o secretário, a vítima estava aparentemente tranquila e disse
que só foi agredida fisicamente no momento da abordagem pelos
sequestradores.
“No cativeiro, ele disse que era alimentado, tomava água e até uma televisão recebeu nos últimos dias”.
Durante a coletiva, Silva Júnior leu uma nota enviada pela
governadora Rosalba Ciarlini, dirigida aos policiais que participaram da
operação, onde termina afirmando:
“Trabalhos como esse reforçam a importância do investimento
contínuo em inteligência e em trabalhos cooperados das polícias Civil e
Militar. Como mãe, estou feliz pelo retorno do jovem Popó e agradeço a
Deus pela manutenção da vida”.
As investigações sobre a quadrilha de sequestradores continuam.
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