domingo, 18 de julho de 2021

Disfunção erétil pode surgir como consequência da Covid-19, dizem especialistas

 

A dificuldade para manter uma ereção foi adicionada à lista de possíveis sequelas da Covid-19. Segundo especialistas, o distúrbio pode acontecer como consequência da ação direta do vírus nos vasos sanguíneos ou da ansiedade e da depressão que a doença deixa para trás quando o evento é muito traumático —com longas internações e dificuldades para recuperação da saúde.

Os dados disponíveis sobre a relação entre a Covid-19 e a disfunção erétil permitem dizer que ela é possível, mas ainda faltam estudos para que os mecanismos sejam totalmente conhecidos.

Depois de mais de um ano dentro da pandemia, os especialistas veem a Covid-19 hoje como uma doença sistêmica, com consequências espalhadas pelo corpo que podem durar após a infecção aguda. Um estudo realizado com quase 4 mil pessoas que tiveram a Covid-19 identificou mais de 200 sintomas da chamada Covid longa, que permanece após a infecção aguda. O artigo foi publicado nesta semana na revista científica The Lancet.

Ainda em 2020, um grupo de cientistas alertou para a possibilidade de que algumas pessoas poderiam sofrer, em algum nível, perda de função sexual, especialmente pelo potencial de dano ao endotélio (tecido que reveste os vasos sanguíneos). Como a Covid pode agravar doenças cardiovasculares, o risco do surgimento de disfunção erétil também cresce, escreveram os cientistas em um artigo no periódico científico Journal of Endocrinological Investigation.

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