Foto: Prefeitura de Fortaleza/Divulgação
O Ministério da Saúde, em parceria com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), deve iniciar, na segunda-feira (16), um estudo inédito para avaliar a necessidade de uma terceira dose de vacinas para Covid-19 para quem tomou duas doses da CoronaVac.
As vacinas para serem usadas neste estudo chegaram na quinta-feira (12). Os pesquisadores vão estudar os 4 imunizantes aplicados no Brasil: AstraZeneca, Pfizer, CoronaVac e Janssen.
Alguns voluntários vão receber uma dose adicional de uma vacina diferente daquela que ele já tomou antes. Outros vão receber uma terceira dose da CoronaVac. O objetivo é descobrir qual a proteção quando se cruza os imunizantes ou se mantém o mesmo na terceira dose.
Os 1.200 voluntários vão ser divididos em 4 grupos e, cada grupo, recebe uma dose de reforço de uma única vacina.
A responsável pelo estudo em São Paulo, Dra. Lily Yin Weckx, explica porque alguns precisam de reforço na imunização.
“Pessoas imunocomprometidas, pessoas transplantadas, que recebem constantemente muitas pressões, estes respondem pior pras vacinas. E os ‘tipos’ de anticorpos caem mais rápido. Então pra esses acho que é necessário realmente uma possibilidade de uma terceira dose. Geralmente as pessoas idosas respondem pior também, né? Porque existe o fenômeno chamado de imunossenescência. O envelhecimento do sistema imune. Por isso que a resposta pode ser pior e a resposta dos anticorpos pode cair precocemente”, diz.
Em julho, a Anvisa autorizou que os laboratórios Pfizer e AstraZeneca investigassem efeitos e necessidades de uma dose extra contra a Covid-19. Os estudos estão em andamento em pelo menos cinco estados.
G1
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