sábado, 14 de agosto de 2021

Taxa de doadores de órgãos cai 13% no primeiro semestre no país

                                                           Foto: HFB

 

Apesar de a taxa de notificação de potenciais doadores de órgãos ter aumentado 13% no primeiro semestre de 2021, a taxa de doadores efetivos caiu no mesmo percentual (13%). Segundo os dados divulgados hoje (13), pela Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), a queda se deve à perda de 24,9% na taxa de efetivação da doação.

Segundo o editor-chefe do Registro Brasileiro de Transplantes (RBT) e membro do Conselho Consultivo da associação, Valter Duro Garcia, o que explica a queda é o aumento de 44% na taxa de contraindicação, em parte pelo risco de transmissão de covid-19 ou pela dificuldade de fazerem o teste PCR para a detecção da doença ou para obter o resultado rapidamente.

Segundo a versão semestral do Registro Brasileiro de Transplantes (RBT) – balanço completo sobre doação de órgãos e transplantes no país – o transplante renal (19,2 por milhão de população – pmp) diminuiu 16,3%. As maiores quedas ocorreram nos estados de Santa Catarina (63%) e Rio Grande do Sul (59%).

Nenhum estado atingiu 40 transplantes renais por milhão de população e só três unidades da federação ultrapassaram 30 transplantes: Paraná, São Paulo e Distrito Federal. Os transplantes renais com doador vivo tiveram queda menor que os com doador falecido (9,5% contra 17,3%), entretanto, representam apenas 10% dos transplantes renais, a menor taxa desde o início dos transplantes no Brasil.

 

Agência Brasil

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