sábado, 19 de maio de 2012

RN barrado em Pernambuco

De Bira Rocha para o Novo Jornal
Em meu artigo da semana passada, afirmei que é preciso mais do que conselhos, políticos ou produtivos, para solucionar as dificuldades que a pecuária do Rio Grande do Norte vem enfrentando.
O que é necessário é a adoção de ações planejadas, baseadas em boas práticas de gestão.
Propus o financiamento do custeio para pequenos e médios pecuaristas, como forma de evitar maiores perdas do rebanho, em função da seca. Isso, com agilidade e sem burocracia.
De nada adianta a Conab disponibilizar milho para os criadores, se não houver recursos para comprar o produto. A AGN (agência estadual de desenvolvimento) poderia avalizar empréstimos dos pecuaristas  junto ao Banco do Brasil e resolver a questão.  Mas, não há o que esteja ruim, que não possa piorar ainda mais.
Para surpresa geral, a Agência de Defesa Agropecuária de Pernambuco (Adagro/PE) baixou portaria nº 37, baseada na instrução normativa nº 44 do Ministério da  Agricultura e Pecuária (MAPA), proibindo a entrada em seu território, de animais, seus produtos e subprodutos, quando forem oriundos de áreas classifi cadas como de médio e alto risco de aftosa.
Na prática, a portaria se refere ao gado originário do RN e da Paraíba, pois Alagoas, Ceará, Maranhão e Piauí foram excluídos da proibição.
É bem provável que os cearenses adotem medida semelhante à pernambucana e, com isso, a pecuária potiguar fi cará debaixo de um embargo semelhante ao isolamento econômico imposto a Cuba.  Que vergonha.

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