De Bira Rocha para o Novo Jornal
Em meu artigo da semana passada,
afirmei que é preciso mais do que conselhos, políticos ou produtivos,
para solucionar as dificuldades que a pecuária do Rio Grande do Norte
vem enfrentando.
O que é necessário é a adoção de ações planejadas, baseadas em boas práticas de gestão.
Propus o financiamento do custeio para
pequenos e médios pecuaristas, como forma de evitar maiores perdas do
rebanho, em função da seca. Isso, com agilidade e sem burocracia.
De nada adianta a Conab disponibilizar
milho para os criadores, se não houver recursos para comprar o produto.
A AGN (agência estadual de desenvolvimento) poderia avalizar
empréstimos dos pecuaristas junto ao Banco do Brasil e resolver a
questão. Mas, não há o que esteja ruim, que não possa piorar ainda
mais.
Para surpresa geral, a Agência de
Defesa Agropecuária de Pernambuco (Adagro/PE) baixou portaria nº 37,
baseada na instrução normativa nº 44 do Ministério da Agricultura e
Pecuária (MAPA), proibindo a entrada em seu território, de animais,
seus produtos e subprodutos, quando forem oriundos de áreas classifi
cadas como de médio e alto risco de aftosa.
Na prática, a portaria se refere ao
gado originário do RN e da Paraíba, pois Alagoas, Ceará, Maranhão e
Piauí foram excluídos da proibição.
É bem provável que os cearenses adotem
medida semelhante à pernambucana e, com isso, a pecuária potiguar fi
cará debaixo de um embargo semelhante ao isolamento econômico imposto a
Cuba. Que vergonha.
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