O participante do "BBB15" Luan Patrício será ouvido pela Divisão de Homicídios da Capital (DH), do Rio de Janeiro, ao deixar a casa instalada no Projac – complexo de estúdios da TV Globo. Diferentemente do que havia sido informado, o delegado responsável pelo caso não irá mais questionar o brother durante o período em que ele estiver participando do reality show. O gerente de um salão de cabeleireiro disse no programa que matou uma pessoa quando servia o Exército, em uma operação no Complexo do Morro do Alemão.
Segundo a assessoria da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, em nota enviada ao UOLnesta terça-feira (27), a Rede Globo deverá ceder imagens nas quais Luan conta o episódio e mais informações foram requeridas ao Exército – que negou na semana que o jovem tenha participado da operação.
"De acordo com o delegado Rivaldo Barbosa, titular da Divisão de Homicídios da Capital (DH), um ofício foi encaminhado ao Exército para saber o trabalho realizado pelo participante do programa no Complexo do Alemão. A TV Globo também foi oficiada para ceder na íntegra as imagens do momento em que afirma ter assassinado uma pessoa. O participante deve ser ouvido na especializada quando sair do programa", diz.
Depois de relatar o caso para outros participantes logo após a estreia do "BBB15", Luan voltou a mencionar seu envolvimento na morte de um jovem na madrugada desta terça.
"Eu fiquei lá embaixo, eu atirava muito bem, então ficava um do Exército, um da polícia, um do Bope e uma da Polícia Federal. Ajoelhados no chão, dando contenção para quem estava subindo. Os caras estavam atirando para baixo, então tem que eliminar os alvos, para eles poderem subir. O cara foi subindo, e eu fui atirando. Até então eu não estava acertando ninguém, quando eu acertei a primeira pessoa, acho que era um garoto que pela fisionomia, que eu enxerguei de longe pela luneta, devia ter uns 16 ou 17 anos", detalhou o ex-militar.
Mariza ficou chocada com a história e perguntou se alvo de Luan estava armado. Ele por sua vez disse que sim: "Ele estava atirando com uma submetralhadora deste tamanho (mostrando com as mãos), atirando atrás de uma caixa d'água. Quando eu atirei nele, acertei um tiro na cabeça dele e ele caiu, eu tremia. Não só de adrenalina, mas de nervoso por ter matado a primeira pessoa na minha vida".
Luan disse que foi apoiado por um policial militar após acertar o jovem: "Tinha um sargento da PM que virou para mim e disse: 'Irmão, tem que agir. Ou é você, ou ele. Ou chora a sua mãe ou chora a mãe dele'. E a hora que você acorda para a vida e continua. Aí eu continuei...". Neste momento, o sinal da câmera na área externa da transmissão pelo pay-per-view foi trocado por outra que mostrava os quartos com outros brothers dormindo.
"Quis contar vantagem"
Na opinião de um amigo de Luan, Leonardo Lima, o brother quis impressionar os participantes com a história. "Nessa operação, estávamos separados, mas não me lembro dele ter participado da ocupação no Alemão como eu. Ele contou vantagem", afirmou o amigo, que também serviu o Exército.
A mãe de Luan, que soube pelo UOL da declaração do jovem, afirmou à reportagem que desconhecia a experiência contada por ele. "Eu não sabia. Ele sabe que eu ficava muito preocupada e como estava internada no CTI, creio que preferiu me poupar", declarou.
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