Foto 1: FRANKIE MARCONE/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO. Foto2: Magnus Nascimento/Tribuna Do Norte/Estadão Conteúdo
O ex-ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) deixou o prédio onde mora, em Natal (RN) aos gritos de “ladrão, safado”, ao ser preso pela Polícia Federal na manhã desta terça-feira (6).
Os agentes cumpriram ordem da Justiça Federal do Rio Grande do Norte em um processo que apura o envolvimento do político no recebimento de propina nas obras da Arena das Dunas.
A suspeita é que o superfaturamento das obras tenha sido de R$ 77 milhões.
Foram cumpridos 33 mandados, sendo cinco de prisão preventiva (sem prazo), seis de condução coercitiva e 22 de busca e apreensão nas cidades de Natal, Mossoró e Parnamirim, no Rio Grande do Norte, e Curitiba, no Paraná.
MPF suspeita de compra de votos e apoio político na campanha de Henrique Eduardo Alves em 2014
O Ministério Público Federal suspeita de compra de votos e apoio político por parte da campanha do ex-ministro Henrique Eduardo Alves ao governo do Rio Grande do Norte em 2014. Operação da PF fez parte da operação Manus, que investiga o pagamento de propinas nas obras de construção da Arena das Dunas.
Em coletiva nesta manhã, o procurador da República Rodrigo Telles disse que uma das empresas que prestava serviços de campanha a Alves sacou R$ 2 milhões em espécie às vésperas do segundo turno da eleição de 2014, o que gerou a suspeita concreta de que esses recursos possam ter sido utilizados para compra de votos.
Buscas e condução coercitiva – Além das prisões preventivas, o MPF obteve da Justiça Federal no RN seis mandados de condução coercitiva e o deferimento dos pedidos de busca e apreensão em 15 endereços de empresas e residências localizadas no Rio Grande do Norte.
Sepsis e Cui Bono – Enquanto a Operação Manus era deflagrada no Rio Grande do Norte, foram realizadas novas etapas das Operações Sepsis e Cui Bono, sob a responsabilidade da Procuradoria da República no Distrito Federal. Na petição relativa a essas duas últimas, o MPF relata a existência de elementos, segundo os quais, os envolvidos praticaram, de forma continuada, os crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
Mesmo com as investigações em curso, o grupo continuaria agindo para ocultar ativos no valor de mais de R$ 20 milhões que teriam sido recebidos por Eduardo Cunha. As prisões são mencionadas como uma forma de suspender a chamada atuação delitiva habitual e impedir a ocultação do produto dos crimes, “já que este ainda não foi recuperado”.
Com informações do R7, G1 e MPF
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