O Fórum Brasileiro de Segurança Pública divulgou, na última quarta-feira (8), dados atualizados sobre os índices de violência no País e o Rio Grande do Norte assumiu o topo da lista como o estado mais violento de 2017 com 68 mortes violentas para cada grupo de 100 mil habitantes – bem acima da média nacional que registrou 30,8 mortes. Ao mesmo tempo, o RN foi a unidade da federação que teve a maior redução – 19% com relação a 2016 – de investimentos na área de segurança pública ano passado.
Para comentar esses números, e falar sobre quais as estratégias adotadas pela Secretaria Estadual de Segurança Pública para reverter esse quadro, a titular da Sesed, Sheila Freitas, que assumiu a pasta em abril de 2017, concedeu a seguinte entrevista à reportagem da TRIBUNA DO NORTE. Entre outras afirmações, ela assegurou que ações integradas entre as polícias Militar e Civil têm contribuído para a queda de 14,1% em 2018 do número de assassinatos em relação ao mesmo período de 2017. Para Sheila, não se faz segurança sem investimento e sem pessoal. Nossa maior dificuldade é com relação a falta de pessoal.
“Como falar em acomodação com o que estava acontecendo no Mosquito (comunidade localizada entre o bairro das Quintas e o Rio Potengi, na entrada da Ponte de Igapó sentido zona Norte)? A guerra continua, não houve acomodação. O que houve foram prisões de várias líderes, a realização de um trabalho de inteligência dentro das comunidades, e o trabalho policial propriamente dito. A redução no número de homicídios este ano é resultado do trabalho integrado que temos desenvolvido desde 2017, que começa a render frutos. O número de investigações feitas pela Polícia Civil cresceu muito, mesmo com a estrutura limitada. Segurança pública não é algo imediato. Se tivéssemos 20 mil policiais militares, carros para todo mundo… talvez teríamos como ter de imediato um sufocamento da criminalidade. Mas se não tenho pessoal suficiente, nem meios suficientes, tenho que atacar as manchas criminais”, disse.
Tribuna do Norte
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