Candidatos se encontram para realizar Enem 2019 na Universidade Santa Úrsula, no Rio. Foto: Guilherme Pinto / Agência O Globo
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) avalia reduzir o tamanho do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano, de acordo com reportagem do jornal “O Estado de S. Paulo”. A prova, que normalmente é realizada em dois dias, poderia ser aplicada em apenas um, com menos questões.
Segundo o jornal, os técnicos do Inep estão calculando quantas questões podem ser retiradas do exame sem que o modelo estatístico que afere as notas de cada candidato, a Teoria de Resposta ao Item (TRI), seja comprometido. Isso porque a TRI usa os índices de acerto e erro de cada questão para determinar quais são as perguntas fáceis, médias e difíceis. Apesar da retirada de algumas questões, a intenção seria manter o nível de dificuldade geral da prova.
Reduzir de 45 para 30 o número de questões de cada área seria uma das possibilidades avaliadas pelo instituto. Hoje o Enem tem, ao todo, 180 questões, divididas em provas de quatro áreas: Linguagens, Ciências Humanas, Ciências da Natureza e Matemática. Com a redução, o número cairia para 120.
Outra ideia é abreviar o enunciado de cada questão, para agilizar a leitura da prova. Desse modo, ela poderia ser realizada num único dia.
A mudança no Enem viria para atender a uma demanda das universidades privadas, que temem que o adiamento do exame possa comprometer o ano letivo de 2021. O argumento das entidades é que os alunos só começam a procurar as instituições particulares depois de não conseguirem vaga nas públicas, pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu).
Alguns representantes das universidades privadas defendem até mesmo que o Inep abra mão da prova de redação. Isso, segundo eles, poderia acelerar a liberação das notas.
O adiamento do Enem 2020 foi anunciado pelo Inep na última quarta-feira. O exame, que estava marcado para os dias 1º e 8 de novembro, deve ser realizado entre 30 e 60 dias após as datas originais, adiantou o instituto.
O GLOBO procurou o Inep, que ainda não respondeu.
O Globo
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