Condenado a nove anos e seis meses de prisão na Operação Lava-Jato, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a dizer neste sábado que é vítima de perseguição da Justiça. Em clima de campanha antecipada, o petista discursou para sindicalistas da Central Única dos Trabalhadores (CUT), na quadra da escola da samba Império Serrano, no Rio.
Lula repetiu ataques que tem feito às investigações contra ele. O ex-presidente disse que o objetivo dos investigadores é fazer com que a sociedade “esqueça que o Lula existiu”. Na véspera, o petista já havia criticado a Lava-Jato, alegando que a força-tarefa de Curitiba é um “partido político”. Na ocasião, ele participava de um ato político na Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que também teve presença da ex-presidente Dilma Rousseff.
Neste sábado, Lula disse aos sindicalistas que é perseguido politicamente. Ele planeja iniciar, nos próximos dias, um périplo por estados do Nordeste para se defender das acusações.
— O que eles querem é criar uma animosidade na sociedade para que a sociedade esqueça que o Lula existiu — declarou o petista, que pegou crianças no colo antes de discursar.
Lula foi condenado à prisão pelo juiz Sergio Moro pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele recorre da sentença no Tribunal Regional Federal (TRF-4). O ex-presidente também réu em outras seis ações penais, quatro delas na Lava-Jato.
Como resposta política às ações, Lula tem dito que se candidatará à Presidência no ano que vem — ele pode ter sua candidatura barrada pela Leia da Ficha Limpa caso a condenação seja confirmada pelo TRF-4.
O Globo
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