quarta-feira, 18 de julho de 2018

A 1ª entrevista dos ‘Javalis Selvagens’ após o resgate de caverna na Tailândia: ‘Tentamos escavar em busca de saída’

Meninos resgatados de caverna dão primeira entrevista coletiva após deixarem hospital. Foto: EPA

Os 12 meninos tailandeses e seu técnico de futebol resgatados da caverna da Tailândia fazem nesta quarta-feira sua primeira aparição pública desde que deixaram o hospital.
Em uma entrevista coletiva, os garotos da equipe “Javalis Selvagens” apareceram sorrindo e brincando com bolas, ao lado dos “Navy Seals” tailandeses que os resgataram.
Eles devem voltar para suas respectivas casas em seguida.
Um dos meninos descreveu o momento em que eles foram encontrados pelos mergulhadores:
“O técnico falou para a gente ficar quieto, porque ouviu alguém chegando. Então um de nós foi ali ver. A gente estava com medo. Peguei a lanterna e (…) foi quando os mergulhadores apareceram. Não sabia o que dizer a não ser ‘olá’!”.
“Foi um milagre”, afirmou Adul Sam-on, de 14 anos.
Eles contam que tentaram escavar as paredes da caverna em busca de uma saída, sem sucesso.
“Quando tínhamos tempo, escavávamos a caverna com pedras. Escavamos 3 ou 4 metros”, contou outro.
Segundo o técnico, “sentíamos que precisávamos fazer algo, e não apenas esperar ajuda. Então nos revezávamos para cavar. Bebíamos água até ficar cheios antes de escavar.”
Todos também lamentaram a morte do primeiro mergulhador tailandês que tentou resgatá-los.
“Sentimos muito. Ficamos impressionados que ele tenha sacrificado sua vida para nos salvar, para que pudéssemos viver. Ficamos chocados ao saber da notícia (da morte). Ficamos muito tristes. Sentimos que causamos tristeza a sua família”, disse o técnico.
Como aprendizado, o técnico afirmou que ele e os jovens viverão “cuidadosamente, e não de forma imprudente. Vamos checar antes de fazer qualquer coisa”.
“Aprendi muito com esse desastre”, agregou um dos meninos. “Serei uma boa pessoa para a sociedade.”
Outro menino afirmou que se sente “mais forte” e sonha em virar um jogador de futebol profissional.
“Esse episódio é a maior experiência que já enfrentei. Me ensinou a ser mais paciente e forte, a não desistir facilmente”, agregou outro deles.

R7, com BBC Brasil

Nenhum comentário:

Postar um comentário