A substituição da Prova Brasil pelo Exame Nacional do Ensino Médio para calcular o Índice de Desenvolvimento da...
A
substituição da Prova Brasil pelo Exame Nacional do Ensino Médio para
calcular o Índice de Desenvolvimento da Educação (Ideb), como planeja o
ministro da Educação, Aloizio Mercadante, pode custar pelo menos mais R$
17 milhões por ano.
A primeira alteração a ser feita, caso se
concretize a ideia do ministro, que pretende com a mudança "turbinar" o
Ideb, é tornar o Enem obrigatório, o que significaria incluir entre os
avaliados mais 300 mil concluintes do ensino médio. A conta, feita com
base no custo por aluno da prova deste ano, pode ser maior se o
Instituto Nacional de Estatísticas e Pesquisas Educacionais (Inep), que
prepara o estudo pedido por Mercadante, concluir que será necessário
também ampliar a estrutura de aplicação da prova.
Este ano, com o
Enem feito em 1.680 municípios, o custo foi de aproximadamente R$ 57 por
candidato. A perspectiva do Ministério da Educação é trabalhar com o
mesmo valor. Os 300 mil concluintes que não farão a prova e terão que
ser incluídos, no entanto, podem estar em cidades mais distantes e
locais de mais difícil acesso, o que poderia obrigar o ministério a ter
que ampliar o número de cidades onde a prova é realizada e,
consequentemente, toda a estrutura de distribuição e pessoal e o gasto
necessário.
O custo, no entanto, não é uma grande preocupação no
MEC. Com um dos maiores orçamentos da Esplanada, o ministério já irá
gastar este ano R$ 332,6 milhões para que 5,79 milhões de candidatos
possam fazer o Enem - número que inclui estudantes de outras séries e
que já concluíram o ensino médio.
Os R$ 17 milhões a mais, avaliam
integrantes da Pasta, não são considerados um grande problema. Há
outros, mais complicados, que podem até mesmo impedir que a proposta de
Mercadante se torne realidade.
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