O Brasil será a quinta maior economia do mundo em 2022. Pesquisa
divulgada nesta quarta-feira (26/12) pelo britânico Centro de Pesquisas
Econômicas e de Negócios (CEBR, na sigla em inglês) mostra que, além de
os brasileiros e outros emergentes avançarem no ranking, todos os
grandes países europeus perderão postos nos próximos dez anos. Com isso,
em uma década, o grupo das cinco maiores potências econômicas globais
não contará com nenhum europeu. Hoje, Alemanha e França estão na lista.
Segundo o estudo, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve saltar
em termos nominais e em dólar 92% em uma década, dos US$ 2,282 trilhões
previstos para 2012 para os US$ 4,389 trilhões esperados para 2022. Com
isso, o País deve chegar a 2022 como quinta potência econômica do
mundo, ultrapassando Reino Unido, França e Alemanha.
O crescimento do Brasil, porém, parece pequeno perto da expectativa
de avanço da Índia. O levantamento do CEBR prevê crescimento nominal em
dólares de 169% no mesmo período, o que deve fazer o PIB indiano saltar
de US$ 1,83 trilhão para US$ 4,93 trilhões em dez anos. Com esse
desempenho, o parceiro brasileiro no Brics (grupo de economias
emergentes formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul)
deve ganhar seis posições no ranking e atingir o posto de quarta
economia do mundo em 2022.
Nessa mesma base de comparação, o PIB da China vai crescer 136%, o
que aproxima cada vez mais o país asiático do primeiro lugar do ranking,
que seguirá com os Estados Unidos. Outro emergente, a Rússia, também
terá desempenho melhor que o do Brasil, com crescimento nominal previsto
de 117% em dez anos, o que deve levar os russos do atual nono posto
para o sétimo lugar – muito perto da Alemanha. Assim, os dois países
terão tamanhos econômicos muito semelhantes em uma década, o que pode
fazer com que o título de maior economia da Europa ocidental saia das
mãos dos alemães e passe aos russos.
Ao contrário da escalada dos emergentes, países europeus devem perder
posições importantes nos próximos anos. Segundo a pesquisa, a Alemanha
deve cair de 4ª para 6ª potência, o Reino Unido recuará de 6º para 8º
lugar, a França passa de 5º para 9º, a Itália cairá de 8º para 13º e a
Espanha passará de 13º para 17º na lista das maiores economias.
“Em 2017, o PIB indiano deverá ultrapassar a do Reino Unido, o que
fará com que a Índia tenha a maior economia do Commonwealth (comunidade
de nações originadas no Império Britânico)”, diz o diretor-executivo do
CEBR, Douglas McWilliams.
O responsável pela pesquisa, no entanto, nota que o Reino Unido não
ficará alheio a tudo isso e reagirá. “Vamos bater outros países. Como
efeito da política fiscal do presidente François Hollande e as
dificuldades do euro, estamos prestes a superar a França em 2013 ou
2014″, diz o executivo inglês, ao reavivar a velha disputa dos dois
lados do Canal da Mancha entre britânicos e franceses.
Fonte: Estadão
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