A presidente Dilma Rousseff deverá encerrar os dois primeiros anos de seu mandato com a segunda pior média de crescimento...
A
presidente Dilma Rousseff deverá encerrar os dois primeiros anos de seu
mandato com a segunda pior média de crescimento da história recente do
Brasil, só perdendo para o período Collor. No biênio 2011-2012, o
crescimento médio anual do Produto Interno Bruto (PIB) do País deverá
ser da ordem de 2,1%, considerando uma expansão de 1,52% prevista para
este ano pela mediana do mercado financeiro na pesquisa do Boletim
Focus, do Banco Central (BC).
Nos dois primeiros anos do primeiro e
do segundo mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, essa média foi de,
respectivamente, 3,4% e 5,6%, e nos de Fernando Henrique Cardoso, de
3,2% e 2,3%. Já no de Fernando Collor de Mello, ficou em 0,25%.
Economistas
alertam para o risco de 2013 piorar o prognóstico para o governo, caso
não mude o foco da política de crescimento - hoje baseada no aumento do
consumo - passando a incentivar mais o investimento e melhorar a
produtividade.
"Esses resultados ruins não serão salvos com
políticas pontuais, como a desoneração do IPI (Imposto sobre Produtos
Industrializados) dos automóveis, que ajudou muito o resultado do
terceiro trimestre, que esperamos ser de 0,9% na margem (comparação com o
anterior)", afirma Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados.
"Mesmo com um quarto trimestre ainda melhor (1,1%), o resultado será de
1,3% no ano", ressalta.
Na sexta-feira, o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) vai divulgar os números do PIB referentes
ao terceiro trimestre. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, prevê
crescimento de 1,2% na comparação com o segundo trimestre.
Para o
ex-diretor do Banco Central, Carlos Thadeu de Freitas, hoje presidente
da Confederação Nacional do Comércio (CNC), a economia não deslancha
mais por problema de oferta do que de demanda. Ele argumenta que tanto a
demanda não está fraca que a inflação está acima do centro da meta, de
4,5%.
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