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Josias
de Souza destaca que em 2005, quando estourou o mensalão, Lula disse
que “não sabia” dos malfeitos praticados sob seus fios de barba. Na
tevê, declarou-se “traído”. Só mais tarde adotaria o discurso da
“farsa”, que acaba de ser moída no STF.
Vai às manchetes agora, de ponta-cabeça, Rosemary Novoa Noronha, a
Rose. Era uma espécie de faz tudo de Lula no escritório da Presidência
em São Paulo. A pedido dele, Dilma Rousseff manteve a senhora na chefia
do gabinete até sábado (24).
De repente, descobriu-se que Rose tinha poderes insuspeitados. Fazia
até diretores de agências reguladoras. A PF indiciou-a sob a acusação de
integrar um bando que agenciava interesses privados nas agências e em
outros órgãos públicos. Em troca, recebia dinheiro e favores.
De volta de uma viagem à África e à Índia, Lula comentou o caso: “Eu
me senti apunhalado pelas costas…” Tido como gênio da arte da política,
Lula revela-se a cada novo escândalo um formador de equipes precário.
Vivo, o cronista Nelson Rodrigues diria que, nessa matéria, Lula é um
débil mental de babar na gravata.
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