De Cristiana Lôbo
Dilma afirma que resistirá ‘até o último minuto do segundo tempo’
A presidente Dilma Rousseff recebeu jornalistas em seu gabinete na manhã desta quarta-feira (13) para dizer que vai lutar “até o último minuto do segundo tempo” para preservar o seu mandato. Mas não foi clara se essa reação inclui também recorrer à Justiça.
Ela chamou de “golpistas” todos aqueles que defendem o impeachment. “Não importa se é um pedreiro, engenheiro, professor ou empresário. É golpista”, frisou, repetindo a estratégia de se colocar como vítima de um processo no Congresso.
Pacto
Durante uma conversa de pouco mais de duas horas, a presidente disse que, se vencer, vai propor um pacto político nacional, envolvendo todos os atores, inclusive a oposição. “A crise no país é tão grave que não há solução que não seja por meio de um pacto”, disse. Se perder, se considera “uma carta fora do baralho”.
Durante uma conversa de pouco mais de duas horas, a presidente disse que, se vencer, vai propor um pacto político nacional, envolvendo todos os atores, inclusive a oposição. “A crise no país é tão grave que não há solução que não seja por meio de um pacto”, disse. Se perder, se considera “uma carta fora do baralho”.
Na hipótese de permanecer, o pacto que pretende propor deve envolver, afirmou, todos os setores da sociedade – governo, oposição, empresários e trabalhadores. “Sem vencidos nem vencedores”, disse. Para ela, o pacto deve prever compromisso com reformas – entre as quais a reforma política
Cunha e Temer
Ela afirmou que o processo de impeachment decorre da vontade “do senhor presidente da Câmara”, que, em caso de impeachment, será o vice-presidente da República. E apontou a existência de uma “sociedade” entre Cunha e o vice-presidente Michel Temer.
Ela afirmou que o processo de impeachment decorre da vontade “do senhor presidente da Câmara”, que, em caso de impeachment, será o vice-presidente da República. E apontou a existência de uma “sociedade” entre Cunha e o vice-presidente Michel Temer.
Economia
Sobre a crise econômica, Dilma afirmou que foi intensificada pela crise política, mas não é decorrência exclusiva desta. “Nós estamos diante de uma situação em que há uma interação entre uma instabilidade política profunda, que há 15 meses afeta o país. Portanto, há uma interação entre a crise política com a econômica. Não digo que a crise econômica decorre da política, mas é bem intensificada”, disse.
Sobre a crise econômica, Dilma afirmou que foi intensificada pela crise política, mas não é decorrência exclusiva desta. “Nós estamos diante de uma situação em que há uma interação entre uma instabilidade política profunda, que há 15 meses afeta o país. Portanto, há uma interação entre a crise política com a econômica. Não digo que a crise econômica decorre da política, mas é bem intensificada”, disse.
Segundo ela, as medidas adotadas pelo governo adiaram a crise econômica no Brasil. “Não acho que tenha sido por conta das medidas anticíclicas as nossas mazelas. Nós adiamos a crise. Quando há quebra no ciclo econômico, a crise aparece. Nós temos desfunções. Nós precisamos ultrapassar essas disfunções. Acredito que tivemos um aprofundamento da crise derivado do fato de que, ao fazer a política anticíclica, derrubamos demais a arrecadação do país.”
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