A
presidente da República, Dilma Rousseff, decidiu assumir o ônus
político e vai mexer nas regras da caderneta de poupança. Para isso,
convocou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco
Central, Alexandre Tombini, para uma reunião que deve ocorrer na
segunda-feira próxima.
No encontro, será batido o martelo sobre a proposta a ser encaminhada
ao Congresso Nacional, para que a mais tradicional modalidade de
investimento do país, com remuneração fixa de 6,17% ao ano mais a
variação da TR (Taxa Referencial), seja atrelada à taxa básica da
economia (Selic). Dilma está decidida a levar a Selic a 8% ao ano, o que
significa mais dois cortes de 0,5 ponto percentual, o primeiro na
reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de maio e o segundo, na
de julho.
Segundo técnicos do governo, não se trata de confisco, mas de
corrigir distorções. O modelo atual de poupança no Brasil, na visão
deles, é uma herança do período de hiperinflação, quando se tentava, por
decreto, preservar o mínimo de valor da moeda.
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